Grupo IFFCO abre escritório no Brasil e planeja expansão

Gigante empresarial dos Emirados que tem braços em diferentes ramos, incluindo alimentação, fundou a IFFCO do Brasil no ano passado. A partir da marca de cremes vegetais Hulalá, o grupo planeja entrar em mais áreas no mercado local.

Dubai – Depois de anos tendo o Brasil como o país de importantes fornecedores, o grupo IFFCO, dos Emirados Árabes Unidos, entrou de vez no mercado brasileiro. Em meados de 2022, a companhia fundou a IFFCO do Brasil, com escritório em São Paulo, capital. “Atuamos em diversas categorias, certamente gostaríamos de agregar mais produtos ao nosso portfólio no Brasil”, disse o CEO do setor de Culinária do IFFCO, Andrey Dribny (foto acima).

Dribny concedeu entrevista à ANBA durante a Gulfood deste ano. A feira é focada no setor de alimentação e teve participação massiva do grupo criado em Sharjah, que contou com diferentes estandes e marcas na exposição.

Entre elas, estava a Hulalá, que o grupo adquiriu em 2016. A marca produz cremes vegetais e já atua no Brasil desde 2002. Com o controle da empresa em mãos, o IFFCO vai agora fazer um estudo do consumo brasileiro para, posteriormente, avaliar o lançamento de novos produtos voltados para o País.

Atualmente, a linha de alimentos da Hulalá é produzida no Brasil pelo parceiro de co-fabricação da IFFCO. Entre as linhas de diferentes cremes vegetais prontos para bater, a marca oferece opções como chantilly, creme culinário e calda pronta para sobremesas, em 1 litro, 200ml e 200g.

“Bem, nós temos um histórico de vender nossa marca Hulalá no Brasil. E daqui para frente decidimos que gostaríamos de desenvolvê-lo ainda mais, nós vamos continuar investindo nisso, nesse circuito, nessa categoria e nessa marca”, disse o CEO.

 

Estudos de mercado

A primeira etapa do novo escritório na capital paulista passa por fazer um estudo sobre as demandas locais. “Para isso, estabelecemos nossa própria presença, com a equipe e capacidade para primeiro entender melhor o mercado, conhecer mais sobre os consumidores e o Brasil”, pontuou Dribny.

A linha da Hulalá é uma das marcas da IFFCO, que agora tem escritório próprio no Brasil

Com esse conhecimento, o CEO espera desenvolver os produtos que sejam adequados para o mercado brasileiro. “E mais tarde também podemos continuar a explorar outras oportunidades de investimento, uma vez que tenhamos um controle cada vez melhor do mercado e um entendimento cada vez melhor das tendências e exigências do consumidor”, apontou ele.

O grupo atua com marcas ligadas a alimentos e também a setores não alimentícios, como higiene, e já está presente em mais de 40 países diferentes.

O CEO explicou que apesar do escritório estar baseado na capital paulista, a companhia ambiciona se tornar marca líder no País como um todo. “No Brasil, entramos primeiro com os cremes vegetais, mas o céu é o limite. O mercado [onde a companhia atua] é muito atraente e nos últimos cinco anos apresentou crescimento de dois dígitos ao ano. Estamos confiantes de que continuará a evoluir. E é por isso que estamos reunindo nossa equipe para desenvolver os planos e acelerar esse crescimento”, disse.

Para seguir com a ampliação do mercado, a IFFCO aposta em novas tecnologias nos processos e pesquisas torno de alimentos sem lactose, como os da linha Hulalá. “Queremos alavancar nossa capacidade global de pesquisa e desenvolvimento, na qual investimos nas últimas décadas como IFFCO. Temos expertise em várias partes do mundo na Europa, Oriente Médio e Sudeste Asiático, onde integramos as mais recentes tecnologias em óleos e gorduras”, frisou o executivo.

Dribny revela que o grupo tem focado em desenvolver em produtos líquidos em tecnologias de emulsão. “Este é o pilar que gostaríamos de construir em nossas fábricas no Brasil e nos outros mercados onde estivemos e onde vemos mais potencial para crescer. “Talvez ainda poderemos ir para outros países. Não fugiríamos da oportunidade de ir para os mercados vizinhos, como Argentina, Chile e outros, ou mesmo fornecer a eles a partir do Brasil, entre outras possibilidades”, concluiu ele.